![Atena - a deusa dos olhos brilhantes](https://static.wixstatic.com/media/6aab26_cafc84510ad94f3683b6387541478fc6~mv2.webp/v1/fill/w_700,h_394,al_c,q_80,enc_avif,quality_auto/6aab26_cafc84510ad94f3683b6387541478fc6~mv2.webp)
Atena: A Brilhante Deusa da Sabedoria e das Estratégias
Na vasta tapeçaria da mitologia grega, uma figura resplandecente emerge como uma presença central: Atena, a deusa da sabedoria, estratégia militar e das artes. Na equivalência romana, ela é conhecida como Minerva, mas é nas epopeias e nas histórias épicas da Grécia Antiga que sua essência brilha com mais intensidade.
Origens e Nascimento
Antes de Hera, a esposa legítima de Zeus, houve outro casamento do senhor dos deuses, um elo com a deusa chamada Mêtis, personificando a prudência e a astúcia. Mêtis, filha de Oceano e Tétis, esteve ao lado de Zeus no episódio crucial em que ele desafiou seu próprio pai, Cronos. Entretanto, profecias apocalípticas vindas de Gaia, a terra e Urano, o céu, agitaram o coração de Zeus, alertando-o de que um filho nascido de Mêtis iria depô-lo.
Engenhoso como sempre, Zeus criou desafios enganosos para Mêtis, culminando em sua transformação em uma gota d’água, que Zeus engoliu, absorvendo assim sua sabedoria e capacidade de discernimento entre o bem e o mal.
No entanto, Zeus não poderia antecipar completamente o desdobramento dessa ação. A criança dentro de Mêtis continuou a crescer e finalmente nasceu da cabeça de Zeus, causando-lhe terríveis dores de cabeça. Hefesto e Prometeu foram convocados para abrir a cabeça de Zeus, e assim Atena, a “Tritogênia”, emergiu, completamente armada e pronta para o combate.
Hesíodo, poeta épico da antiguidade, referiu-se a ela como “Tritogênia“, uma homenagem à sua ligação com o rio Tritão, onde foi criada junto com Palas.
É também conhecida como “Palas Atena”, diversas vezes mencionada desta forma nas epopéias homéricas.
Existem algumas tradições que explicam o termo “Palas”, contudo a mais corrente é de que, Atena, em uma luta amistosa com Palas, filha de Tritão, deus que criou ambas, estava para ser atingida, quando Zeus, seu verdadeiro pai, desviou o golpe de Palas com a égide, seu lendário escudo, atingindo mortalmente a moça.
Deste episódio em diante, Atenas incorporou o “Palas” como seu epíteto como símbolo de seu luto e arrependimento.
![O nascimento de Atena, pintura em trípode grega, c. 570-560 a.C. Museu do Louvre](https://static.wixstatic.com/media/6aab26_d98263fc5aee414792f678d39dd322f6~mv2.webp/v1/fill/w_890,h_800,al_c,q_85,enc_avif,quality_auto/6aab26_d98263fc5aee414792f678d39dd322f6~mv2.webp)
Atena e Zeus
Hesíodo também enfatiza que, em poder e sabedoria, Atena não fica atrás de seu pai, Zeus. Ela se torna uma conselheira fundamental para Zeus, uma aliada de igual estatura.
Juntos, eles enfrentam os Titãs na Titanomaquia, a grande guerra divina que moldou os rumos do cosmos. Atena, nascida armada e destemida, ao lado de seu pai, defende o domínio dos deuses olímpicos contra as forças titânicas.
![Palas Atena, pintura de Rembrandt, 1657](https://static.wixstatic.com/media/6aab26_60624089031446fcb7f4ec02bee020df~mv2.webp/v1/fill/w_980,h_1276,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_avif,quality_auto/6aab26_60624089031446fcb7f4ec02bee020df~mv2.webp)
Obras Homéricas: Guerra de Tróia e Odisséia
Atena, a deusa dos “olhos brilhantes”, mantém sua influência poderosa nas narrativas homéricas. Após a derrota no julgamento de Páris, no qual ela não foi escolhida como a deusa mais bela, Atena torna-se uma aliada implacável dos dânaos, os gregos, durante a Guerra de Troia. Ela guia Diomedes, dando-lhe coragem para ferir Afrodite e Ares, além de ajudá-lo a capturar o Paládio, objeto de grande importância para a vitória grega.
Nos versos da Odisseia, Atena acompanha Ulisses em sua jornada épica de volta para Ítaca. Ela se mostra uma mentora e protetora dedicada, oferecendo sabedoria e orientação tanto para Ulisses quanto para seu filho, Telêmaco. Com sua ajuda, Ulisses enfrenta os desafios que surgem em sua terra natal, incluindo a batalha contra os invasores que ameaçam seu reino.
![Atena confrontando Posídon, pintura em vaso, século VI a.C.](https://static.wixstatic.com/media/6aab26_a660909b367945f295b9d80eddce7d6c~mv2.webp/v1/fill/w_427,h_503,al_c,q_80,enc_avif,quality_auto/6aab26_a660909b367945f295b9d80eddce7d6c~mv2.webp)
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