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Atena – a deusa dos olhos brilhantes

Foto do escritor: Bruno PhilippeBruno Philippe
Atena - a deusa dos olhos brilhantes

 

Atena: A Brilhante Deusa da Sabedoria e das Estratégias


Na vasta tapeçaria da mitologia grega, uma figura resplandecente emerge como uma presença central: Atena, a deusa da sabedoria, estratégia militar e das artes. Na equivalência romana, ela é conhecida como Minerva, mas é nas epopeias e nas histórias épicas da Grécia Antiga que sua essência brilha com mais intensidade.


Origens e Nascimento


Antes de Hera, a esposa legítima de Zeus, houve outro casamento do senhor dos deuses, um elo com a deusa chamada Mêtis, personificando a prudência e a astúcia. Mêtis, filha de Oceano e Tétis, esteve ao lado de Zeus no episódio crucial em que ele desafiou seu próprio pai, Cronos. Entretanto, profecias apocalípticas vindas de Gaia, a terra e Urano, o céu, agitaram o coração de Zeus, alertando-o de que um filho nascido de Mêtis iria depô-lo


Engenhoso como sempre, Zeus criou desafios enganosos para Mêtis, culminando em sua transformação em uma gota d’água, que Zeus engoliu, absorvendo assim sua sabedoria e capacidade de discernimento entre o bem e o mal.


No entanto, Zeus não poderia antecipar completamente o desdobramento dessa ação. A criança dentro de Mêtis continuou a crescer e finalmente nasceu da cabeça de Zeus, causando-lhe terríveis dores de cabeça. Hefesto e Prometeu foram convocados para abrir a cabeça de Zeus, e assim Atena, a “Tritogênia”, emergiu, completamente armada e pronta para o combate.


Hesíodo, poeta épico da antiguidade, referiu-se a ela como “Tritogênia“, uma homenagem à sua ligação com o rio Tritão, onde foi criada junto com Palas.


É também conhecida como “Palas Atena”, diversas vezes mencionada desta forma nas epopéias homéricas.


Existem algumas tradições que explicam o termo “Palas”, contudo a mais corrente é de que, Atena, em uma luta amistosa com Palas, filha de Tritão, deus que criou ambas, estava para ser atingida, quando Zeus, seu verdadeiro pai, desviou o golpe de Palas com a égide, seu lendário escudo, atingindo mortalmente a moça.


Deste episódio em diante, Atenas incorporou o “Palas” como seu epíteto como símbolo de seu luto e arrependimento.


O nascimento de Atena, pintura em trípode grega, c. 570-560 a.C. Museu do Louvre
O nascimento de Atena, pintura em trípode grega, c. 570-560 a.C. Museu do Louvre


Atena e Zeus


Hesíodo também enfatiza que, em poder e sabedoria, Atena não fica atrás de seu pai, Zeus. Ela se torna uma conselheira fundamental para Zeus, uma aliada de igual estatura. 

Juntos, eles enfrentam os Titãs na Titanomaquia, a grande guerra divina que moldou os rumos do cosmos. Atena, nascida armada e destemida, ao lado de seu pai, defende o domínio dos deuses olímpicos contra as forças titânicas.


Palas Atena, pintura de Rembrandt, 1657
Palas Atena, pintura de Rembrandt, 1657

Obras Homéricas: Guerra de Tróia e Odisséia


Atena, a deusa dos “olhos brilhantes”, mantém sua influência poderosa nas narrativas homéricas. Após a derrota no julgamento de Páris, no qual ela não foi escolhida como a deusa mais bela, Atena torna-se uma aliada implacável dos dânaos, os gregos, durante a Guerra de Troia. Ela guia Diomedes, dando-lhe coragem para ferir Afrodite e Ares, além de ajudá-lo a capturar o Paládio, objeto de grande importância para a vitória grega.


Nos versos da Odisseia, Atena acompanha Ulisses em sua jornada épica de volta para Ítaca. Ela se mostra uma mentora e protetora dedicada, oferecendo sabedoria e orientação tanto para Ulisses quanto para seu filho, Telêmaco. Com sua ajuda, Ulisses enfrenta os desafios que surgem em sua terra natal, incluindo a batalha contra os invasores que ameaçam seu reino.


Atena confrontando Posídon, pintura em vaso, século VI a.C.
Atena confrontando Posídon, pintura em vaso, século VI a.C.

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